EXEMPLOS (III)

Eusébio da Silva Ferreira
6 vezes operado ao joelho. E mesmo assim, o melhor futebolista português de sempre. Com características únicas de vontade, sacrifício e trabalho. São famosas as horas que ele passava depois do treino acabar a treinar livres e cantos. Sozinho. Era preciso mandá-lo embora do relvado. O jogo contra a Coreia no Mundial de 66 devia fazer parte do currículo escolar. Humilhados por 3-0 no intervalo, “sozinho”, Eusébio carregou Portugal às costas e marcou 4 dos 5 golos com que havíamos de ganhar e merecer o respeito de todo o Mundo: 11 vezes Campeão Nacional, 2 vezes Campeão Europeu de Clubes, 2 vezes melhor marcador da Europa (Bota d'Ouro).
É também famosa uma história sobre o seu joelho (perdoem-me por não saber os nomes com precisão): num simpósio médico, foram apresentadas as suas radiografias e um médico espanhol afirmou tratar-se de um joelho de um idoso de 70 anos. O português disse-lhe que não, que era dum desportista. Que até jogava futebol e era dos melhores. “No me lo digas, és Eusébio!” – afirmou o espanhol. O respeito é muito bonito...
Os adversários sabiam-no e ele foi constantemente maltratado naquele maldito joelho. Mas não parou. Continuou. Operação após operação. Qualquer outro teria abandonado. Eusébio, não. E é pela sua capacidade de sacrifício e de trabalho perante tal adversidade que hoje podemos lembrar-nos dele. Por isso é Grande e faz parte da nossa história. (Dizem que o Cristiano Ronaldo também é assim, com enorme capacidade de trabalho e de treino para além do estipulado pelos treinadores. Ainda bem. Esperemos que nunca tenha de passar por isso, mas como será ele perante uma contrariedade de uma lesão grave? Pare ser grande como o Eusébio só é preciso uma coisa: não desistir e ir à luta. Vencer a lesão e não deixar que seja ela a vencer-nos a nós!).
Deixo-vos o Pantera Negra. (só é pena que a música seja sempre o Requiem for Dream, como se não houvesse outra...) - reparem no livre aos 1'41'' contra a Académica, no fair-play e respeito entre dois dos maiores de sempre aos 2'30'' e na cavalgada aos 3'...