Wednesday, April 23, 2008

Prova Qualificativa - Análise (parte II)

Os próximos Campeonatos Nacionais de GA, a disputar na cidade da Maia, entre 17 e 18 de Maio terão 55 P/G apenas no escalão de Juvenis - 140 ginastas (27 Trios e 28 das outras 4 especialidades). São bons números para a Ginástica Acrobática. O ideal seria esbater a desproporção entre Trios e tudo o resto, mas enquanto que esse trabalho não é ainda uma realidade (a nível mundial), julgo ser este número de ginastas algo a manter para qualquer Campeonato Nacional - fica com aproximadamente 6-7 passagens e traz muitas pessoas ao espectáculo da Ginástica. Mais ainda, para todos estes jovens é um momento importante porque nesta prova podem ver os melhores ginastas Nacionais a competir ao seu lado, dado que é feita em simultâneo com o escalão A.

E o futuro?
Será este o modelo da massificação que devemos seguir com vista aos melhores resultados desportivos internacionais? Sem dúvida que sim. Mas com... nuances... pequenas alterações capazes de continuar a impulsionar a criação de uma boa base de ginastas de onde sobressaem (cada vez mais) os melhores.
A ideia deixada no post anterior sobre a criação de Juvenis A, há muito anda a pairar. Parece ter coisas boas e outras menos boas.

Para começar voltamos a ter um (negativo) sistema de 6 categorias nacionais (como aconteceu há muitos anos atrás), mas por outro lado são categorias complementares pois alcançam-se quer por requisitos de idade quer por mérito (e este último faz toda a diferença). E por isso mesmo são categorias fechadas entre si e são vistas como o objectivo a atingir - e a Ginástica precisa de constantes objectivos para que consiga ter os ginastas cada vez mais envolvidos e motivados. Os Juvenis quererão chegar a AA, tal como acontece com Juniores e Seniores. Seria o ponto alto de cada escalão e elevar-se-ia imediatamente a qualidade dentro de cada categoria.

Juvenis A com os regulamentos FIG e Juvenis com o actual regulamento. Pensando na perspectiva do ginasta é uma daquelas "win-win situation" - todos ganham. O enorme fosso que se regista entre os cinco primeiros de cada classificação para os restantes (que muitas vezes desmotiva os que ainda não lá chegaram) deixaria de se registar e colocaria sobre os AA a situação competitiva tal como acontece no panorama internacional. Outra vantagem é a de existirem mais 13 Campeões Nacionais todos os anos (contando com as 5 especialidades) e - não sejamos ingénuos - para as colectividades, treinadores, pais e ginastas, são, também, esses títulos que fomentam e desenvolvem a prática da modalidade.

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