Tuesday, April 22, 2008

Prova Qualificativa - Análise (parte I)

No rescaldo desta Mega-Prova Qualificativa é chegada a altura de fazer uma breve análise geral da participação e do que o futuro nos pode reservar...
Este é o quadro da participação na Prova Qualificativa 2008:


Factos sobre os quais importa reflectir:

- os Seniores são 1/3 dos Juvenis e 1/2 dos Juniores.

- 25 Pares Femininos e 44 Trios são de uma enorme desproporção de ginastas para 12 Pares masculinos e 18 Mistos (Porquê? - há poucos rapazes/homens a fazer Acrobática?; - é mais fácil fazer Feminino e Trio com as actuais posições obrigatórias dos Juvenis e 11-16? - a resposta afirmativa às duas questões parece-me evidente) - é, contudo, interessante verificar que, apesar dos números de Feminios e Trios diminuirem drasticamente de quando subimos as idades das categorias (de Juvenis atá Seniores), os Masculinos e Mistos se mantêm mais estáveis (poucos, mas estáveis); isto parece querer significar que o trabalho de Masculinos e Mistos é mais duradouro e consistente, ao passo que nos Femininos e Trios é mais efémero e instável.

- teremos duas Quadras nos Nacionais (apenas duas, e Campeãs Nacionais à partida, o que é sempre pena pois só a competição consegue produzir os melhores resultados).

- 300 ginastas numa prova é, sem dúvida, um enorme exagero - organizacional, logístico, desportivo. No entanto, julgo que ninguém se deve queixar deste facto pois é um belíssimo sinal de vitalidade da modalidade - quem dera a todas as outras modalidades gímnicas poderem gabar-se de ter tamanho número de ginastas.

Certo é, também, que o nível apresentado nem sempre tenha sido (muito) elevado, importa, nesta fase começar a pensar em re-equacionar o modelo competitivo e aprender com a situação actual. Julgo que poucos poderiam perspectivar (há 4 anos) que a Acrobática sofresse tamanho crescimento - seja ele fruto dos regulamentos ou de uma maior oferta de espaços de prática, pouco importa - e por isso é neste contexto actual, com imensos praticantes espalhados por mais de dezenas de colectividades e agremiações, que devemos começar a pensar em novos modelos competitivos para a modalidade no nosso país.

O modelo da Competição é, essencialmente, piramidal: temos uma óptima base, com centenas de Juvenis. Importa cimentar este escalão introduzindo maior qualidade para que esta se reflicta nos escalões seguintes. Juvenis A para "subir os padrõezinhos"? Why not?

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