Reflexões (2)

PORTUGAL NOS MUNDIAIS: OS ÚLTIMOS 13 ANOS

Nos últimos 13 anos, Portugal esteve presente com ginastas em todos os Mundiais de Ginástica Acrobática. Foram 8 Campeonatos do Mundo.

A análise que se segue é apenas referente às participações em Finais.

Análise:

- Portugal alcançou por 3 vezes a classificação de 5º lugar absoluto - foi a melhor classificação (2002, 2004 e 2008)
- Esta classificação só foi obtida em especialidades masculinas (curiosidade / coincidência ?)
- Dos 6 clubes que conseguiram ginastas finalistas, 3 clubes conseguiram duas finais (ACMaia, GCPortuguês e GimnofaroGC)
- Anos como 1998, 1999, 2000 e 2006 conseguem uma percentagem de presença em Finais de 14% (apenas 2 em 14 possíveis)
- Por outro lado, 2002, 2004, 2008 e 2010 conseguem 70% de presenças em Finais (7 em 10)
- À excepção de 2006, esta tendência mostra um crescimento positivo na qualidade dos ginastas portugueses que se reflecte numa maior percentagem de presenças em Finais
- No entanto, apesar desta tendência evidente, o 5º lugar parece ser uma barreira intransponível.
- O registo global, mostra, porém, que a taxa de Sucesso (participação em FInais) é de apenas 38%. Ou seja, apenas 4 em cada 10 P/G conseguiram ser apurados para as Finais.

Obviamente que esta percentagem de 38% é excelente quando comparada com outras modalidades gímnicas em Portugal, mas as realidades também são diferentes e, por isso, essa comparação não fará muito sentido. Sobretudo porque considero que devemos olhar para o número que nos aparece (38%) e julgá-lo pequeno. Se acharmos que é bom, com franqueza, nunca evoluiremos e continuaremos a ver países como a França ou a Alemanha a ganhar uma vantagem que, ano após ano, se revelará cada vez maior. Basta olhar para a Bélgica e para a Grã-Bretanha para ter uma ideia do que eu estou a falar.

Acima de tudo, não nos esqueçamos que as mudanças nos nossos resultados internacionais começam aqui em Portugal, no nosso próprio terreno. Como? Entre outras coisas, com maior interligação entre juízes e treinadores, com maior ênfase para a vivência de outras realidades e com abordagens de futuro na constituição dos P/G de cada clube. A mudança começa sempre em nós.